sábado, 31 de julho de 2010

Valor da Vida

Estava lendo um livro sobre alma feminina e me deparei com algo que a autora fala sobre os abusos (autoridade, físico e sexual) que muitas mulheres passam quando crianças e adolescente e até mesmo na fase adulta, como as mulheres são roubadas em suas identidades, em seu valor como pessoa.
Sei de casos de mulheres que sofrem agressões físicas de seus próprios maridos e também de filhos. Lembro-me que quando tinha uns 13 anos de idade meu vizinho sempre batia em sua avó e em sua mãe. Para mim era terrível ouvi-las chorando e me perguntava o porquê disso tudo. Meu pai sempre foi muito carinhoso com todas nós (somos três filhas), nos cuidava, nos ajudava quando precisávamos de qualquer coisa e isso acontece até hoje, pois creio que é a forma dele expressar seu amor por nós.
No entanto, o tratamento dado a mulheres aos longos das eras é tão diferente e nada nobre.  A cerca de 70 anos atrás, as meninas nascidas na China que não eram deixadas à beira do caminho para morrer (os meninos são filhos preferidos), muitas vezes tinham os pés atados para que continuassem pequenos. Os pés pequenos eram um símbolo de beleza feminino e assim apreciado por muitos futuros maridos. Mas limitavam os movimentos por causa das dores dos pés deformados, ou seja, eram incapazes de andar normalmente. Essa prática foi abolida na década de 30, mas continuou por muito tempo.
Ao longo da história judaica, as mulheres eram consideradas como bem sem nenhum direito legal (como em outras culturas). Não era permitido para uma mulher que estudasse a Lei, nem educassem seus filhos. Elas tinham um lugar separado na sinagoga. Em suas orações matutinas os homens judeus acrescentavam: “Obrigado, Deus, por não me teres feito um gentio, uma mulher ou um escravo.”
Na África sabemos inúmeros casos de circuncisão feminina, clitorectomia, ou seja, a mutilação do órgão genital feminino. Essa é uma prática horrenda e muito dolorosa que muitas mulheres africanas passam, muitas chegam a morrer de dor. Esse tipo de cirurgia é feita muitas vezes com pedaços de pedra afiada o que causa infecções. A idéia é que a mulher não tem o direito de sentir prazer sexual o que é considerado perigoso por muitos homens. A feminilidade deve ser controlada.
Na Europa temos milhares de casos de tráfico humano, tudo isso para servirem de prostitutas em outros países. Nesse caso não falo de mulheres adultas, falo de adolescente, garotas de 13 a 15 anos que são seqüestradas, estupradas e transformadas em prostitutas por uma máfia que fatura milhões de dólares anualmente.
Em alguns países muçulmanos, meninas de 5 ou 6 anos casam com homens de no mínimo 25 anos, um ato de pedolofilia. Um crime contra a infância dessas meninas, um roubo contra o ser mulher.
No Brasil sabemos de casos de mulheres que são estupradas, sofrem agressões físicas, sexuais e verbais. Homens e até mesmo outras mulheres que causam um rombo na alma de outras mulheres. O valor pessoal da mulher, para muitos não vale nada. Muitos pensam que mulheres foram feitas para o nada. A violência contra mulher em todo mundo é algo desenfreado. Minha pergunta é: Quem é o responsável por toda essa violência contra a mulher?, De onde ela vêm? Por que homens que devem nos amar e respeitar tem tanto ódio de nós mulheres? De onde vem todo esse ódio pelas mulheres? Por que é tão diabólico?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pra Pensar

Nesses dias tenho pensado sobre a forma de vida que tenho. Geralmente, as pessoas buscam ter uma vida mais estável. Carros, casa própria, casamento, filhos e uma boa conta bancária. Ou seja, algo confortável.  Eu não busco isso. Não gosto muito de coisas confortáveis. Tipo, coisas que me prendem a um lugar só. Gosto de sair, viajar, conhecer pessoas novas, pagar micos, acertar, pensar “tenho dinheiro hoje” e “vixe não tenho nem um tostão”. Essas coisas me fazem viver em fé. Uma fé que só encontrei em Deus.
Parece uma coisa irreal, mas é mais que real. Em Deus, posso fazer coisas que nunca na vida pensei em fazer. Quando eu era adolescente vivia pensando em ir à França e no máximo que aconteceu foi sair de São Luis e passar férias no Rio de Janeiro. Foi uma das minhas melhores férias. Mas cresci, e me tornei uma cidadã do mundo.
Sou apaixona em desafios, coisas novas e adrenalina. Esse ano ficarei parada em um só lugar, isso no começo me deu uma agonia, fiquei meio desesperada. Mas, até agora tem sido bom. Tenho conhecido pessoas novas, tenho saído, visto coisas incríveis, reencontrado amigos antigos. Falado mais no MSN e no Skipe, tenho tido tempo pra comer coisas que gosto e o melhor de tudo to vivendo um tempo perfeito que Deus preparou pra mim. De repente, aquele conforto que citei a pouco vai me fazer crescer também. Apenas não quero me acostumar com as coisas confortáveis, pois elas podem roubar meu espírito aventureiro.
O que tiro de lição, por enquanto, é que devo e preciso viver a vida com intensidade e responsabilidade e no mais de tudo sempre confiando em Deus e deixando Ele me proporcionar cada dia.