Só existe um verdadeiro Caminho.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
E foi então que apareceu a raposa:
— Bom dia, disse a raposa.
— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
— Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
— Sou uma raposa, disse a raposa
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
— Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
— Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
— Que quer dizer “cativar”?
— Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
— Procuro os homens, disse o principezinho — Que quer dizer “cativar”?
— Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem — Tu procuras galinhas?
— Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços.
— Criar laços?
Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
— Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou …
— É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra …
— Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
— Num outro planeta?
— Sim.
— Há caçadores nesse planeta?
— Não.
— Que bom ! E galinhas?
— Também não.
— Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.
— Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

— O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo …
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
— Por favor… cativa-me disse ela.
— Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um amigo, cativa-me!
— Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
— É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto …
No dia seguinte o principezinho voltou.
— Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração … É preciso ritos.
— Que é um rito? perguntou o principezinho.
— É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias !

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
— Ah ! Eu vou chorar.
— A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse …
— Quis, disse a raposa.
— Mas tu vais chorar ! disse o principezinho.
— Vou, disse a raposa.
— Então, não sais lucrando nada !
— Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
— Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
— Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo.
Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
— Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
— Adeus, disse ele…
— Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
— O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
— Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
— Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
— Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa…
— Eu sou responsável pela minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.”
(O Pequeno Príncipe – Atoine de Saint-Exupéry)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Tempo Perdido
Vixe, como diz o nordestino, faz um tempão que não escrevo nada por essas bandas. Mas vamos lá, as coisas acontecem com a nossa correria do dia-a-dia, mas não podemos nos esquecer do Criador de todas as coisas. Pois é, hoje quero escrever sobre Ele.
Um dia estava sentada numa loja de cigarros e cositas, quando chegou um rapaz com mais duas gurias, perguntando pra mim se eu sabia quem era Deus e outras coisas. De pronto eu me reverencie diante de Seu nome e fiquei escutando eles me falarem da Sua criação e também do Seu amor.
Sorrir e me sentir meio estranha. Passou-se muito tempo e, então mais uma vez me deparei com a mesma situação, mas dessa vez era eu que tinha que falar.
A ocasião foi assim:
Estava na lojinha do cigarro, e meu horário de ir pra casa chegou, peguei minha bolsa e sai correndo procurando chegar em casa o mais rápido possível, me sentia estranha, envergonhada e com um vazio do tamanho de um mamute dentro de mim.
Andava pelas ruas da minha cidade com uma presa que era capaz de eu atropelar um carro e não ele me atropelar. Finalmente, cheguei na Santa Rita e fui logo, como um furacão, entrando em casa e passando para o meu quarto com um aperto no coração.
Não sabia se eu ia estourar ou se eu ia morrer, apenas queria chorar, chorar muito e se possível gritar muito. Me tranquei no quarto e só ouvia a voz da minha mãe perguntando; "o que será que aconteceu?".
Comecei a chorar e a sufocar o meu grito entre os travesseiros e nessa hora, ridícula que eu falei pra Ele, que se Ele existisse eu queria ouvir a Sua voz. Na mesma hora uma tranquilidade e uma paz começou a me aquietar e eu fui parando de chorar, o sufoco foi passando e u já conseguia sentir um carinho enorme em mim.
Então, ouvir uma voz, ao mesmo tempo que era forte e firme, era amável e carinhosa. Nesse exato momento descobrir que Deus, o Criador de todas as coisas existe e que Su amor por mim é real.
Busquei então conhecê-lo e o fiz.
Hoje tenho a plena convicção que minha vida não é nada sem Ele.
Até mais!
Um dia estava sentada numa loja de cigarros e cositas, quando chegou um rapaz com mais duas gurias, perguntando pra mim se eu sabia quem era Deus e outras coisas. De pronto eu me reverencie diante de Seu nome e fiquei escutando eles me falarem da Sua criação e também do Seu amor.
Sorrir e me sentir meio estranha. Passou-se muito tempo e, então mais uma vez me deparei com a mesma situação, mas dessa vez era eu que tinha que falar.
A ocasião foi assim:
Estava na lojinha do cigarro, e meu horário de ir pra casa chegou, peguei minha bolsa e sai correndo procurando chegar em casa o mais rápido possível, me sentia estranha, envergonhada e com um vazio do tamanho de um mamute dentro de mim.
Andava pelas ruas da minha cidade com uma presa que era capaz de eu atropelar um carro e não ele me atropelar. Finalmente, cheguei na Santa Rita e fui logo, como um furacão, entrando em casa e passando para o meu quarto com um aperto no coração.
Não sabia se eu ia estourar ou se eu ia morrer, apenas queria chorar, chorar muito e se possível gritar muito. Me tranquei no quarto e só ouvia a voz da minha mãe perguntando; "o que será que aconteceu?".
Comecei a chorar e a sufocar o meu grito entre os travesseiros e nessa hora, ridícula que eu falei pra Ele, que se Ele existisse eu queria ouvir a Sua voz. Na mesma hora uma tranquilidade e uma paz começou a me aquietar e eu fui parando de chorar, o sufoco foi passando e u já conseguia sentir um carinho enorme em mim.
Então, ouvir uma voz, ao mesmo tempo que era forte e firme, era amável e carinhosa. Nesse exato momento descobrir que Deus, o Criador de todas as coisas existe e que Su amor por mim é real.
Busquei então conhecê-lo e o fiz.
Hoje tenho a plena convicção que minha vida não é nada sem Ele.
Até mais!
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Quando a ansiedade e o medo tomam conta de uma pessoa, ela fica como paralisada, sem expressão nenhuma, sem noção do que pode ou não acontecer. Isso aconteceu quando ela estava sentada em sua mesa de estudo quando de repente um rapaz sorridente e cheio de vida chegou até ela e sem parar de falar começou a conversar trazendo uma desconcentração antipática. No entanto, ela ainda não havia levantado o seu rosto e visto que além de falador ele tinha um sorriso encantador que a tomou de surpresa.
Logo sorriu tímida e sem saber o que fazer e deixou que ele sentasse ao seu lado, transformando o lugar de estudo em uma mesa de relacionamento.
Eles conversaram sobre muitas coisas, ciência, história, política e tudo que eles podiam até que ele se levantou e disse que estava na hora de ir pra casa. Ela não se deu conta que havia se passado quase três horas e que já estava ansiosa por encontrar aquele rapaz novamente ali na Biblioteca da faculdade.
Eles conversaram sobre muitas coisas, ciência, história, política e tudo que eles podiam até que ele se levantou e disse que estava na hora de ir pra casa. Ela não se deu conta que havia se passado quase três horas e que já estava ansiosa por encontrar aquele rapaz novamente ali na Biblioteca da faculdade.
Ela levantou e se foi. No outro dia os hábitos de se vestir já estavam um pouco mudados. Ela começou a usar um pouco mais de maquiagem, a prender o seu cabelo de foram diferente e colocou umas roupas que a valorizasse, mas sem pender para a vulgaridade. La se foi ela feliz e com esperanças de encontrar o rapaz gentil e encantador.
Sentou-se em seu lugar de costume e assim como no dia anterior ele apareceu e começaram a conversar sobre diversos assuntos. Esse encontro foi-se repetindo dia após dia, até que ele a convidou para sair, ela de pronto aceitou. O casal saiu para comer algo em uma restaurante e depois foram passear em um parque da cidade. Os dois eram só sorriso.
Um dia ela recebeu uma proposta de fazer uma viagem de trabalho que a ajudaria em sua formação acadêmica, ela deveria passar dois meses em um país na África. Então o medo começou a falar coisas na sua cabeça dela. E então ela pensou que era o fim. Seria o fim de uma história de amor e amizade que estava indo muito bem.
Chegou o dia da viagem e eles não conseguiram se ver, ele estava em classe e não conseguiu sair. Ela partiu para uma viagem na África com a esperança de retornar a esse romance.
Passaram-se dois meses e ao retornar recebeu más as notícias. No tempo em que eles estiveram fora, ele retornou para sua cidade e então começou a namorar uma outra garota, bem mais popular e famosa.
Ela, se voltou aos estudos e deixou de lado o medo e a ansiedade de que uma dia ele volte ou não.
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